sábado, 10 de janeiro de 2009

Fim de palavra


Ao longo de todo um semestre tentámos que o nosso blog fosse um espaço de partilha de opiniões e de notícias que achámos interesantes.
Nenhuma de nós tivera antes um blog e graças à cadeira de Comunicação Digital talvez faremos (porque não?) um blog sobre um tema que achemos interessante.

De toda a matéria que explorámos achamos particularmente interesante dois sites de que não tinhamos qualquer conhecimento e que foram bastante importantes para a matéria, o Mindomo (construção de um modelo conceptual sobre uma temática à nossa escolha) e o Community Zero (criação da comunidade Cyber Viagem), que foram as nossas temáticas favoritas.

A cadeira de Comunicação Digital superou as nossas expectativas e ficámos com uma noção muito maior sobre algumas temáticas exploradas em aula.

Digiómanos



Foi bastante difícil para mim escolher uma temática para a elaboração desta reflecção crítica, pois o digital engloba variadíssimos assuntos e todos eles com bastante relevância nos nossos dias.
Foi então que decidi jogar com duas palavras, digital e heroinómano (pessoa dependente de heroína), “dando origem” à palavra digiómano. Como tal, decidi escrever a minha reflexão acerca dos vícios da Internet.

A IADD ou Internet Attention Deficit Disorder, foi um termo inicialmente utilizado em 1995 por Dr. Ivan Goldberg. É extremamente difícil, nos dias de hoje, qualificar uma pessoa que seja viciada na Internet pois afinal, qual o tempo de uso que é considerado excessivo para uma pessoa utilizar a Internet? Uma vez que só existem pesquisas exploratórias sobre o assunto, não se pode estabelecer uma relação causal entre determinados comportamentos e sua causa, o que pode ser realmente observado é a existência de um uso compulsivo da Internet por determinados indivíduos e assim como outros usos compulsivos são cobertos por categorias de diagnóstico existentes.

Com base no estudo da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos da América, sobre a população da Coreia do Sul, o governo deste país estima que aproximadamente 210 mil crianças sul-coreanas (2,1% das crianças com idades entre 6 e 19 anos) são afectadas pelo uso excessivo da Internet e necessitam de tratamento. Cerca de 80% das que necessitam de tratamento podem precisar de medicamentos psicotrópicos (que têm como alvo o cérebro) e de 20% a 24% das mesmas precisam de hospitalização.

Mas como sabemos afinal que somos viciados na Internet? Existem inúmeras características que tentam responder a esta pergunta.

-A pessoa viciada fica constantemente preocupada com a Internet quando está off-line e mal consegue pensar noutra coisa;

-Tem uma necessidade excessiva de usar a Internet esteja onde estiver;

-Os viciados na Internet são pessoas que se irritam com uma grande facilidade;

-Usam a Internet para fugir aos problemas do dia-a-dia (tal como qualquer outro vício, droga, bebida, jogo);

- Surge uma grande falta de interesse em actividades que sejam realizadas fora da rede ou longe do mundo digital;

-Os viciados em Internet estão inconscientemente e sistematicamente a falar da Internet, seja qual for o assunto que esteja a ser debatido;


Existem vários tipos de vícios associados à Internet:

-Pornography Addiction - que consiste no vício pela Pornografia.

-Gaming Addiction - vício em jogos (que é também o mais falado)

-Virtual Society Addiction - Que engloba dois outros vícios, o de E-Shopping (a pessoa compra sistemáticamente e sem necessidade de o fazer, em sites de compras online como é o caso do Ebay, Amazon...) e Online Gambling (que consiste em sites existentes apenas com jogos de apostas onde as pessoas perdem muito dinheiro).

-Internet Social interaction - tipo de vício que ataca muitas pessoas da nossa idade (15-25 anos) que deixam de ter uma vida activa na sociedade porque se dedicam inteiramente a sites de interacção social, como é o exemplo do Hi5, Msn Messenger, Mirc, My Space, blogs, entre outros. Este último vício acaba por estar associado ao tema da reflexão crítica da minha colega, pois apesar de estes sites terem grandes vantagens têm sempre um lado obscuro que acaba muitas vezes por ser associdado à pedofilia, pornografia, pornografia infantil, roubo de identidade, perigos esses da Internet explorados pela reflexão da minha colega.

Tal como o alcoolismo, tabagismo, e dependência de drogas, podemos afirmar que o vício da Internet e das novas tecnologias é uma das principais epidemias do século XXI.


Faça o teste e veja o quão dependente da Internet é.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Os perigos da Internet



Numa altura em que a Internet se tem vindo a tornar o meio de informação e de comunicação acessível a uma audiência cada vez mais numerosa e dispersa, por todo o Mundo, e de diferentes faixas etárias, é de se notar alguns dos maiores perigos aos quais crianças e jovens estão submetidos com o uso da mesma.
É certo que também tem as suas consequências benéficas, com o surgimento desta é possivel, aos seus utilizadores, terem acesso aos mais variados tipos de informação bem como na capacidade de comunicação à distância. Contudo, é grande a insegurança à qual os jovens estão expostos, muitos destes não estão conscientes dos malificios trazidos pela Internet, e é com base nesses malificios que irei desenvolver a minha reflexão de hoje.

Comecemos por mostrar algumas das vantagens da Internet (as mais importantes, talvez):

1. Maior fonte de informação, onde podemos encontrar todo o tipo de informação relativa a todo o tipo de assuntos.

2. Plataforma de comunicação à distância, sendo que através desta os individuos podem manter relações, já existentes, com os seus colegas, amigos, familiares que estejam distantes fisicamente.

3. Aprendizagem diária/Melhoramento das qualificações, sobretudo no que diz respeito às plataformas de ensino bem como esclarecimentos de dúvidas que os individuos tenham sobre um determinado assunto, pesquisam e facilmente encontram as respostas e esclarecimentos que necessitam.

4. Método para poupar tempo, visto que através da Internet pode-se fazer compras, bem como tratar de certas burocracias evitando as longas horas de espera nas filas.

Estas são as vantagens que eu considero mais importantes, contudo, é necessário estar esclarecido acerca de tudo a que estamos sujeitos bem como saber no que se pode, ou não, confiar.

Como em tudo o que nos rodeia está presente o paradigma entre o ''lado bom'' e o ''lado obscuro'', também a Internet não escapa a este paradigma entre as vantagens e as desvantagens do serviço. É certo que, quando se sabe utilizar e se tem consciência dos perigos, é uma mais valia para o utilizador, por contrário, quando não se sabem os riscos aos quais estamos expostos, a Internet pode ser bastante maléfica.
É importante que as crianças e jovens, que têm acesso à Internet, o façam sob controlo de um adulto, pois não estão preparados para os perigos da mesma, no Mundo deles tudo é perfeito e com a fascinação deste novo Mundo cibernáutico, acham que a Internet só trás beneficios, que nada lhes é prejudicial. Contudo, estão profundamente enganados, vejamos:

1. Contacto com conteúdos impróprios, tais como, a pornografia/pornografia
infantil, o incentivo ao racismo e à prática da violência.

2. O perigo das salas de conversação (chats, IRC, etc) e das redes sociais (Hi5, Orkut, etc) que permitem que estejamos em contacto e que mantenhamos conversa com todo o tipo de pessoas, sendo que muitas delas são mal intencionadas e procuram algo mais do que uma simples ''conversa de café''.

3. A diminuição do processo de sociabilização e o aumento do isolamento da criança/jovem, visto que estes, através da Internet, têm acesso a tudo (músicas, filmes, jogos, compras, etc) tornam-se totalmente dependentes desta.

4. A violação dos direitos de autor, visto que há a possibilidade dos utilizadores fazerem o download (muitas vezes ilegal) de músicas, filmes, jogos, softwares, etc., bem como a possibilidade dos jovens fazerem plágio, sobretudo em trabalhos escolares.

Para que se possa dar o uso saudável da Internet por parte das crianças e jovens é necessário que os educadores (escolares e encarregados de educação) ponham, desde cedo, as crianças a par de todas estas situações e os acompanhem, sempre que possível, quando estes usam a Internet, principalmente aos mais novos, que não têm consciência dos perigos aos quais estão expostos.

A Internet e a pedofilia

Com o aparecimento da Internet, os pedófilos viram o seu campo de acção alargado mundialmente. Os chats, as redes sociais, o e-mail, os blogs e os programas de comunicação instantânea (MSN) são apenas alguns dos ''panos de fundo'', escolhidos pelos pedófilos, para se aproximarem das suas vítimas. Inicialmente, começam por se aproximar da vítima, obtendo a sua confiança e ''amizade'', e posteriormente, aproveitam-se disso para começarem a ter conversas impróprias para começar a troca de fotografias e vídeos, bem como o recurso à ligação da webcam, por parte da vítima, levando-a a praticar actos impróprios.
Recorrem também, na maioria das vezes, à marcação de encontros em sítios isolados, através de chantagem emocional impõem-lhes a condição que não devem dizer nada a ninguém, estes encontros muitas vezes levam à violação, rapto ou morte das vítimas.

Decididamente, é preciso intervir mais e melhor!

Cathedral model vs Bazaar model

No seguimento das aulas de Comunicação Digital, foi-nos proposto a realização de um trabalho na plataforma Mindomo, este site consiste na elaboração de mapas conceptuais, basicamente é um recurso esquemático através do qual se faz a síntese e os levantamentos dos aspectos mais importantes de um texto (comparado a um resumo).

Após a leitura do texto The Ignorance of Crowds, de Nicholas G.Carr, elaborámos o nosso mapa conceptual, que iremos de seguida apresentar bem como desenvolver as respectivas ideias.

O texto dá-nos a conhecer a tese de Eric Raymond, intitulada de The Cathedral and the Bazaar. Eric Raymond apresenta-nos um paradigma entre os dois modelos de elaboração de um software.

Neste video, Eric Raymond explica, brevemente a sua tese.


O nosso modelo conceptual:




Passemos agora às explicações do modelo Bazar: este modelo está sobretudo ligado às open source, ou seja aquele tipo de programa que tem o código aberto a todas as pessoas, sendo que estas podem adaptar, melhorar e distribuir o software da maneira que lhes der mais jeito e mais gostarem, contudo, têm sempre de fazer referência ao original bem como ao seu criador. Para ser mais fácil de perceber, demos o exemplo das três principais open source:

Linux é um sistema operativo criado por Linus Torvalds, a equipa que esteve na criação deste sistema operativo consistia sobretudo em gente jovem, incluindo o Eric Raymond, pois Linus acredita que trabalhar em equipa, e sobretudo sendo jovem, é bastante positivo para o resultado do programa, é certo que não é tão utilizado como o Microsoft mas, cada vez mais pessoas o utilizam.

Firefox, inicialmente era uma empresa de pesquisa a Netscape (modelo catedral) contudo, deparando-se com as dificuldades e a concorrência face ao Internet Explorer (Microsoft) e com o impacto da tese de Eric Raymond resolveram tornar-se numa open source, o resultado disso foi a criação do Mozilla, a base do browser Firefox.

Wikipeda, consiste num site onde qualquer pessoa pode adicionar um entrada explicando um determinado assunto, sendo que pode também modificar e corrigir outras entradas postas por outras pessoas.



Como podemos verificar no mapa conceptual as principais caracteristicas do modelo bazaar são:

-> Peer production (várias pessoas envolvidas na criação do projecto)
-> Muita informação
-> Não tem custos para os utilizadores (download livre)
-> Pouco cotrolo do software por parte do criador
-> Personalização total, ao gosto de cada utilizador

As desvantagens, por sua vez, consistem:

-> Maior desorganização
-> Excesso de informação
-> Dificuldade em chegar a um concenso para obter o programa final




No lado oposto, temos o modelo catedral: está ligado às colsed source (software proprietário) no qual os utilizadores não têm a possibilidade de interferir, nem modificar nem adaptar a seu gosto. Consistem em softwares muito elaborados e perfeccionistas desenvolvidos apenas por uma ou duas pessoas. Os três exemplos, que sugerimos foram:

Microsoft (por oposição ao Linux)
Real Player, reprodutor de música
Adobe Photoshop, programa para o tratamento e melhoramento de imagens



As vantagens deste modelo são:

-> Solidez do programa
-> Inspirador de confiança (não tem erros)
-> Mais seguro
-> Melhor organização
-> Lucro para o seu criador
-> Total controlo do software

As desvantagens das closed source:

-> O facto de ser feito por uma ou duas pessoas faz com q haja poucos pontos de vista e pouca informação



Concluimos, que existe uma interligação entre os modelos e que um não exite sem o outro, o modelo bazar serve sobretudo para inovar um software proprietário, por exemplo, inicialmente temos um software proprietário, contudo, com o desenvolvimento do mercado vão surgindo softwares semelhantes e concorrentes ao nosso, para isso é necessário abrir o código fonte do nosso software aos utilizadores, para que estes possam aceder a ele gratuitamente, bem como, modificá-lo como bem entenderem.